viernes, 27 de marzo de 2009

HIJA DEL PASTIZAL


Y yo que sólo vivo: seca
entre aquellos cardales, orientándome
con unos pocos gritos


o por el hipnotismo de los frutos; sin
tocar el vacío del pantano.


Saltando: saco esas fotos que son del cielo.
Pateo piedras pequeñas.


Hija del pastizal – mi oído
es el de otra, quiere escuchar: el
vibrar de las algas en el río; los


corredores del viento. Por qué
tendría que quererte? Me visto
con tu imagen, digo


las palabras difíciles mucho mejor
que vos; no escribo.-





FILHA DO CAPINZAL: E eu que apenas vivo: seca / entre os espinheiros, me orientando / com um ou outro grito // ou pelo hipnotismo dos frutos, sem / tocar o vazio do pântano. // Saltando: tiro essas fotos que são do céu. / Chuto pedras pequenas. // Filha do capinzal – meu ouvido / é o de outra. Quer escutar: o / vibrar das algas lá no fundo, os // corredores do vento. Por que teria / que te querer? Eu me visto / com tua imagem, digo // as palavras difíceis muito melhor / que você; não escrevo.-



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