miércoles, 25 de marzo de 2009

CRUSTÁCEA


Si dice pangasius
no me pregunto más el pez –brillaba
entre las piedras? Soñaste los reflejos
como obra del viento sobre la superficie, y adentro
el zig-zag te mira y pensás


la agilidad del cuerpo que no piensa, escabulle
su evidencia, y tu intuición
te ata a las palabras: más vino, sentémonos
al sol. Creo

que no te dije mil veces: cada animal no es otro, pero algo en sí
quisiera transmutarlo, llevarse el dolor a las profundidades; o que
siempre hay alguien que duerme y a veces
sueña con nosotros: sillitas
que se entibian al sol. Hubiera podido decirlo
así, en la corriente que lleva

y lleva, yo? O vos, tirándole miguitas
de pan, hubieras aceptado? No me pregunto
más, si ahora lo escribo o lo vi
en otro sitio, quisiera leer, quisiera
contar de nuevo
este tipo de amor, historias.-




CRUSTÁCEA: Se diz pangasius / não me pergunto mais o peixe – brilhava / entre as pedras? Sonhaste os reflexos / como obra do vento sobre a superfície, e dentro / o zig-zag te olha e pensas // a agilidade do corpo que não pensa, escapole / sua evidência, e tua intuição / te ata às palavras: mais vinho, sentemo-nos / ao sol. Creio // que não te disse / mil vezes: cada animal não é outro, mas algo em si / quer transmutá-lo, levar a dor para as profundezas; ou que / sempre há alguém que dorme e às vezes / sonha conosco: cadeirinhas / aquecendo-se ao sol. Teria podido dizê-lo / assim, na correnteza que leva // e leva, eu? Ou você, jogando migalhas / de pão, teria aceitado? Não me pergunto / mais, se o estou escrevendo agora ou se o vi / em outro lugar, queria ler, queria / contar de novo / esse tipo de amor, histórias.-




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