EL ASESINO (LAS OTRAS VOCES)

Esto está mal, y arde, y
arroja su dolor al plato de lentejas. Es
una Gran Herida o sólo

la llegada del miedo, para
cauterizarlo todo? El
vendaval se siente en los gorriones
mudos, petrificados, o en
la tienda, que cierra sus ventanas. Te

entregué aquel dibujo negro del
acueducto; unos números
falsos – pistas

de un escondite y un
rescate de nada: “mi turno
de jugar a los topos, de estremecer y
bailar
como esos arrayanes”, palabras
a ras del suelo, tuyas, apartando
los trastos.-

O ASSASSINO (AS OUTRAS VOZES): Isto está ruim, e arde, e / lança sua dor no prato de lentilhas. É / uma Grande Ferida ou só // a chegada do medo, cauterizando / tudo? A / ventania sente-se nos pardais /mudos, petrificados, ou / na loja, que fecha suas janelas. Te // dei aquele desenho negro do / aqueduto; uns números / falsos – pistas // de um esconderijo e um / resgate de nada: “minha vez / de brincar de toupeira, de estremecer e / dançar / como essas murtas, palavras / ao rés do chão, tuas, separando / os trastes.-