Me fui. Nadie me preguntó
si quería beber alguna cosa, atender
el teléfono.
No pude saltar aunque estuviera frío.
“Las líneas no se cruzan, se
organizan: pésimo para el sueño”.
Cielo amarillo sin aire.
La radio del taxi tocando aquella
musiquita
todo el tiempo. Después, vidrios hechos
trizas, los dientes del caballo, trucos
improvisados: si sueño con mi aorta quiero ver
sus variaciones en cada zambullido, un
brillo de azulejos en mis sienes
o decir labios cuando tocan el fondo, suben
con la respiración.-
NENHUMA VIAGEM: Fui embora. Ninguém me perguntou / se queria tomar alguma coisa, pegar / o telefone. // Estava frio mas não deu para pular. / “As linhas não se cruzam, se / organizam: péssimo para o sonho”. // Céu amarelo sem ar. / O rádio do táxi tocando aquela / musiquinha, / o tempo todo. Depois, cacos de vidro // os dentes do cavalo, mágicas / improvisadas: se sonho com minha aorta quero ver / suas variações em cada mergulho, um / brilho de azulejos em minhas frontes // ou dizer lábios quando tocam o fundo, sobem / com a respiração.-
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