jueves, 19 de marzo de 2009

SINGLE CACTO


Un rasgo aquí, con
su definición
del vacío incesante: este cactus
es una nueva imagen
donde agotar las fuerzas

y su cuerpo no vuelve hacia nosotros;
su crecimiento así,
vedado
a la imaginación, a la ilusión
de esta luz de mercurio, de estos juguetes
que repiten la serie: “la poesía
era ese maquillaje, ese estado
de cosas,
fenómenos

presentados allí, en la credulidad
de otro lenguaje
.”

Los cactus adormecen en la espera, en
la voz del recuerdo. No abandonan
su sitio:

van a inquietar
van a llegar así hasta nuestro reposo

“El cactus es
esa materia fútil, espejada
en lo árido del día, casi
intratable?” Es.

Rodeado por las luces,
se abandona de sí; y su
mudez
es cactus, regresa al infinito.-



SINGLE CACTO: Um traço aqui, com / sua definição / do vazio incessante: este cacto / é uma nova imagem / onde esgotar as forças // e seu corpo não volta a nós; / seu crescimento assim, / vedado / à imaginação, à ilusão / desta luz de mercúrio, destes brinquedos / que repetem a série: “a poesia / era essa maquiagem, esse estado / de coisas, / fenômenos // apresentados ali, na credulidade / de outra linguagem.” // Os cactos adormecem na espera, na / voz da lembrança. Não abandonam / seu sítio: // vão inquietar / vão chegar assim até nosso repouso // “O cacto é essa matéria fútil, espelhada / no árido do dia, quase / intratável?”. É. // Rodeado pelas luzes, / se abandona de si; e a sua / mudez / é cacto, regressa ao infinito.-

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