sábado, 4 de abril de 2009

RIQUELME Y LINIERS NUNCA SE DESPIERTAN (MANOEL RICARDO DE LIMA)

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........................................................para Aníbal

Dos o tres veces por día se puede oir de
todas partes de la calle a alguien pidiendo
socorro. Son gritos estridentes, un trinar de
voz o un aullido o alguna cosa muy próxima
del silencio y varias imágenes distraídas.
Todos abren mucho los ojos, todos buscan
algo, todos se mueven, todos prestan mucha
atención. Nunca es la misma voz, nunca
parece tan cercana, nunca hay respuestas.
Alguien corre de un lado a otro con un
sombrero negro de copa, un sobretodo negro
hasta los tobillos, un par de zapatos negros y
cabeza abajo. Así, dos o tres veces por día,
el mundo nunca es el mismo




RIQUELME E LINIERS NÃO ACORDAM NUNCA (para o Aníbal): Duas ou três vezes por dia é possível ouvir / de todos os lados da rua alguém dizer que / precisa de socorro. São gritos estridentes, / um trinado de fala ou um uivo ou alguma / coisa muito próxima do silêncio e várias / imagens distraídas. Todos arregalam os / olhos, todos procuram algo, todos se / movem, todos prestam muita atenção. / Nunca é a mesma voz, nunca parece tão / perto, nunca há respostas. Alguém corre de / um lado para o outro, misteriosamente, com / uma cartola preta, um casaco preto até os / tornozelos, um par de sapatos pretos e de / cabeça para baixo. Assim, duas ou três / vezes por dia o mundo nunca é o mesmo


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